Papanicolau, o Mau !
Homens pensam que abrir as pernas é a maior moleza:
só deitar ali, arrancar a calcinha e correr pro abraço.
Na maioria das vezes, é até verdade, mas um dia no ano, durante muitos anos,
esse ato tão banal e (se a moça tiver sorte) corriqueiro vira um martírio abissal:
o dia do papanicolau.
Menos uma data santa e muito mais um mergulho no inferno do desconforto, o dia do tal papa começa com aquele famoso "pode se despir e colocar esse avental com a abertura voltada pra trás".
Peladas, descalças sobre o chão frio e com um ventinho batendo na bunda, vamos (nós, mulheres) nos encaminhando para a sala de exame.
Ao abrir a porta, temos a visão do hall do Hades:
uma maca coberta por lençol de papel, dois apoios para os pés, um computador esquisitão
e um médico com aquele sorriso polido que diz, na verdade, "não precisa ficar sem graça só porque jamais te vi na vida e agora vou enfiar e cutucar até a sua amígdala".
Enfim, deitamos.
Deslizamos a bunda até a beira da maca, abrindo até a alma para a exploração iminente, encaixamos os calcanhares nos apoiadores.
"Agora relaxe."
Respiramos fundo e então ele adentra o âmago do nosso ser.
Gelado, mais duro do que estamos acostumadas, fino, metálico. Um troço bizarro chamado espéculo.
Ele percorre o caminho que você, querido leitor, faz coisas absurdas e inconfessáveis para percorrer e enfim chega ao ponto final:
Ali pertinho do colo do útero, onde alguns homens adoram brincar de bate-estaca, nos provocando sensações tão agradáveis quanto uma perfuração de tímpano. E, então, expiramos aliviadas.
Por pouco tempo. COÇANDO OS OVÁRIOS Algo dentro de nós se expande e alarga. Quer dizer, mais ou menos dentro. Dentro e fora, pra ser exata.
O bico de pato estilizado afasta nossas caras-metades inferiores até que a zona do agrião fique completamente, absolutamente, inteiramente aberta e livre para o ataque final: o dedo. E nessa hora, que horror, uma tremenda vulnerabilidade nos assola.
Além de escancaradas, temos um pedaço de mão cutucando cada canto e cavidade, procurando caroços, carnes estranhas e toda sorte de possíveis doenças.
Mas não é nelas que pensamos enquanto nossa bexiga é pressionada e os ovários são coçados.
Pensamos é no quanto aquela situação lastimável vai durar.
E então, num transe anual, enxergamos o mundo através dos olhos de Einstein: o tempo mesmo relativo (o exame nunca dura mais que cinco minutos, mas parece que daria para assistirmos a Spartacus e à trilogia de O Senhor dos Anéis na seqüência).
Você já acha suficiente?
Ah, quanta inocência!
A retirada do dedo não é o fim, é o anúncio da hora da entrada de um tipo de palito de sorvete que escarafuncha e raspa nossas umidades para retirar o "material" que será analisado e dirá se nossa querida xana está 100% em ordem e habilitada para uso contínuo.
Só daí somos despirulitadas (retiram do meio de nós o que estava nos espetando) e fechamos tudo o que estava aberto.
E pensar que a homarada faz o maior estardalhaço e arma um baita dramalhão mexicano só por causa de uma mera dedadinha no traseiro.
Mas como são mocinhas, não?
só deitar ali, arrancar a calcinha e correr pro abraço.
Na maioria das vezes, é até verdade, mas um dia no ano, durante muitos anos,
esse ato tão banal e (se a moça tiver sorte) corriqueiro vira um martírio abissal:
o dia do papanicolau.
Menos uma data santa e muito mais um mergulho no inferno do desconforto, o dia do tal papa começa com aquele famoso "pode se despir e colocar esse avental com a abertura voltada pra trás".
Peladas, descalças sobre o chão frio e com um ventinho batendo na bunda, vamos (nós, mulheres) nos encaminhando para a sala de exame.
Ao abrir a porta, temos a visão do hall do Hades:
uma maca coberta por lençol de papel, dois apoios para os pés, um computador esquisitão
e um médico com aquele sorriso polido que diz, na verdade, "não precisa ficar sem graça só porque jamais te vi na vida e agora vou enfiar e cutucar até a sua amígdala".
Enfim, deitamos.
Deslizamos a bunda até a beira da maca, abrindo até a alma para a exploração iminente, encaixamos os calcanhares nos apoiadores.
"Agora relaxe."
Respiramos fundo e então ele adentra o âmago do nosso ser.
Gelado, mais duro do que estamos acostumadas, fino, metálico. Um troço bizarro chamado espéculo.
Ele percorre o caminho que você, querido leitor, faz coisas absurdas e inconfessáveis para percorrer e enfim chega ao ponto final:
Ali pertinho do colo do útero, onde alguns homens adoram brincar de bate-estaca, nos provocando sensações tão agradáveis quanto uma perfuração de tímpano. E, então, expiramos aliviadas.
Por pouco tempo. COÇANDO OS OVÁRIOS Algo dentro de nós se expande e alarga. Quer dizer, mais ou menos dentro. Dentro e fora, pra ser exata.
O bico de pato estilizado afasta nossas caras-metades inferiores até que a zona do agrião fique completamente, absolutamente, inteiramente aberta e livre para o ataque final: o dedo. E nessa hora, que horror, uma tremenda vulnerabilidade nos assola.
Além de escancaradas, temos um pedaço de mão cutucando cada canto e cavidade, procurando caroços, carnes estranhas e toda sorte de possíveis doenças.
Mas não é nelas que pensamos enquanto nossa bexiga é pressionada e os ovários são coçados.
Pensamos é no quanto aquela situação lastimável vai durar.
E então, num transe anual, enxergamos o mundo através dos olhos de Einstein: o tempo mesmo relativo (o exame nunca dura mais que cinco minutos, mas parece que daria para assistirmos a Spartacus e à trilogia de O Senhor dos Anéis na seqüência).
Você já acha suficiente?
Ah, quanta inocência!
A retirada do dedo não é o fim, é o anúncio da hora da entrada de um tipo de palito de sorvete que escarafuncha e raspa nossas umidades para retirar o "material" que será analisado e dirá se nossa querida xana está 100% em ordem e habilitada para uso contínuo.
Só daí somos despirulitadas (retiram do meio de nós o que estava nos espetando) e fechamos tudo o que estava aberto.
E pensar que a homarada faz o maior estardalhaço e arma um baita dramalhão mexicano só por causa de uma mera dedadinha no traseiro.
Mas como são mocinhas, não?
Ailin Aleixo
(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Parábensssssssss .Essa descrição foi 100% e atenção meninasssss não esqueçam de fazer o exame papanicolau )
A descrição foi perfeita,a sequencia é que está errada:primeiro espéculo,segundo colheita do papa e o cúmulo da desgraça ,o tal do toque qdo o espéculo já foi retirado.E vcs já viram uma mamografia? as mamas são esmagadas quem criou esse aparelho salvou mta gente, mas devia ser macho e sádico
ResponderExcluirDeu até calafrio, nem importa se a ordem das coisa é diferente, mas é assim mesmo. Bom é buscar o exame zerado!!! Alívio por um ano.
ResponderExcluirÉ muito sério! Por isso vou falar bem alto:
MULHERES: Papa Nicolau e Mamografia 1 x ano
HOMENS: Exame de Próstata 1 x ano
Saibam que a maioria desses cânceres são curáveis APENAS por serem detectados bem no início através dos exames preventivos.
Vão lá! Dedadas, amassadas e especuladas.
Eu faço exame de próstata anualmente, e até hoje, ainda não entendi como é que o médico faz o exame com as suas duas mãos nos meus ombros ?
ResponderExcluirja sei durante o exame ele perguntou o que vc tá sentindo e vc respondeu sinto que te amo!kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk INSANO
ResponderExcluirQuanto ao nosso exameeeeeeee, eu entro na sala, olho para a médica e faço cara de paisagem :D
Brinca não, sempre me mandaram amarra a fitinha do avental (!) na frente, ou seja, além de peladas ficamos ridículas.
ResponderExcluirINSANO, ele usa o espéculo...
Só de ler, já me doeu tudo... terrível esse exame,quando eu entro na sala me dar logo um frio na espinha, mas temos q fazer né fazer o q.
ResponderExcluirFrio eu sinto quando o espétulo entra, é quando the doctor fala: relaxa..
ResponderExcluirrsrsrsrsr... e é justamente nessa hora q nós ñ conseguimos relaxar
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk relaxar ?? relaxar como se até a enfermeira tá vendo as amidalas kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkah
ResponderExcluirEh cara de paisagemmmmmmm mesmo que eu faço..não tem opção kkkkkkkk
Maria Amora vc fez-me lembrar qdo tive meu filho na hora da anestesia morrendo de medo,o meu marido fotografando fala pra mim,relaxe, sorria,áí eu pensei dar uma de Bereta e mandar ele tomar no..mas acabei sorrindo com a agulha enfiada nas costas
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk Ana,homens nessas horas falo isso mesmo, se eles passam por uma situação dessas até desmaiam...nessas horas q a gente ver quem é forte... rsrsrsrsr
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Ana
ResponderExcluirHomens são medrosos